Título: Talismã
Autor: Mário Zambujal
Editora: Clube do Autor
Ano de edição: 2015
Páginas: 151
Sinopse:
A vida de Pablo Luís Martinez da Silva teve início turbulento. Por pouco não chegava atrasado ao parto na Galiza, vontade de sua mãe, dona Maria Xosé. Foi o prenúncio de uma cadeia de acontecimentos que ele definia como "a desordem natural das coisas". Entre desencontros e encontros sentimentais, enreda-se em trabalhos de alto risco. Corre em busca de uma jovem loura que perdeu um sapato e foge de facínoras de calibre internacional.
Mário Zambujal já nos habituou a uma estilo inconfundivelmente pautado pelo humor e ironia. "Talismã" (Clube do Autor, 2015), o seu mais recente romance, não foge à regra. Ao longo de 151 páginas, somos levados pelas mãos de Pablo Luís Martinez da Silva, um desafiado da sorte (ou do azar?) que nos vai retratando as aventuras e desaventuras da sua vida, na qual têm lugar os mais rocambolescos episódios.
Desde cedo apreciador da "desordem natural das coisas", Pablo conta-nos, na primeira pessoa, as suas turbulentas deambulações amorosas. Somos colocados perante as situações mais inusitadas, tendo sempre, como pano de fundo, as crenças de sorte e azar.
Zambujal vai tecendo críticas mordazes à sociedade actual, e não só no que diz respeito a superstições. Aqui tudo é caricaturado, como a sociedade que comunica tudo por siglas para “poupar na fala”, a mesma sociedade que vive a tirania do telemóvel.
Desde cedo apreciador da "desordem natural das coisas", Pablo conta-nos, na primeira pessoa, as suas turbulentas deambulações amorosas. Somos colocados perante as situações mais inusitadas, tendo sempre, como pano de fundo, as crenças de sorte e azar.
Zambujal vai tecendo críticas mordazes à sociedade actual, e não só no que diz respeito a superstições. Aqui tudo é caricaturado, como a sociedade que comunica tudo por siglas para “poupar na fala”, a mesma sociedade que vive a tirania do telemóvel.
Quem nunca leu Zambujal pode estranhar a grafia de algumas palavras, como “feicebuque”, “imeil”, “tê-um”, “tualete”, “semôquingues” ou “coqueteile”. Isto mais não é do que o profundo respeito pela língua portuguesa, bem notório em cada palavra escrita, que faz o autor adaptar todo e qualquer estrangeirismo à sua língua-mãe (e não usar o Novo Acordo Ortográfico).
Afinal, o que é a sorte e o azar? Devemos acreditar no poder de um talismã? O melhor é lerem o livro e tirarem as vossas conclusões. Mas ficam desde já avisados: “O improvável acontece. Provavelmente.”
Aconselhado a pessoas com sentido de humor, que procuram divertir-se e serem entretidas por uma história com muita malandrice à mistura.
Opinião completa no Deus me Livro.