Título: A Sangue Frio
Autor: Truman Capote
Editora: Bárbara Palla e Carmo
Biblioteca Visão: Coleção Lipton
Biblioteca Visão: Coleção Lipton
Ano de edição: 2000
Páginas: 319
Sinopse:
Há mais de quarenta anos, Perry Edward Smith e Richard Hickock entraram calmamente na quinta isolada de Herbert Clutter, perto da aldeia de Holcomb, no estado do Kansas. Armados com uma espingarda e uma faca de mato, mataram Clutter, a sua mulher Bonnie e os dois filhos do casal, Nancy e Kenyon. Durante seis anos, Truman Capote apurou os factos deste crime e escreveu 'A Sangue Frio', que o catapultou para o topo da sua carreira. Desde então, o fascínio pela narrativa do que aconteceu naquela noite em Holcomb permanece inalterado.
Opinião:
A Sangue Frio é um livro pesado, intenso e por vezes difícil de digerir.
Isto porque sabemos que não se trata de ficção, sabemos que a narração é verídica, que os factos tão minuciosamente descritos são reais.
Inicialmente acompanhamos o dia-a-dia da família Clutter e, quando poderíamos estar a ganhar alguma afinidade, assistimos ao seu bárbaro assassinato. Quatro mortes a sangue frio, sem motivo aparente.
Acompanhamos sempre duas visões diferentes dos factos: a da população de Kansas (a dado momento com especial destaque para o inspector Dewey), e a dos dois assassinos (Perry e Hickock).
Ainda assim, esta podia ser uma obra como outra qualquer, não fosse o estilo pessoal de Truman Capote, a sua análise dos acontecimentos e, acredito que este seja o ponto forte do livro, a humanização dos assassinos. Capote faz-nos simpatizar com os 'maus da fita', pensar que as suas infâncias complicadas e todas as problemáticas que lhe foram impostas pela vida podem explicar os seus problemas psicológicos. Mas será isso capaz de justificar o injustificável?
Com esta obra, de um trabalho incrível, Capote dá início a um novo estilo, o romance não ficcional.
Inicialmente acompanhamos o dia-a-dia da família Clutter e, quando poderíamos estar a ganhar alguma afinidade, assistimos ao seu bárbaro assassinato. Quatro mortes a sangue frio, sem motivo aparente.
Acompanhamos sempre duas visões diferentes dos factos: a da população de Kansas (a dado momento com especial destaque para o inspector Dewey), e a dos dois assassinos (Perry e Hickock).
Ainda assim, esta podia ser uma obra como outra qualquer, não fosse o estilo pessoal de Truman Capote, a sua análise dos acontecimentos e, acredito que este seja o ponto forte do livro, a humanização dos assassinos. Capote faz-nos simpatizar com os 'maus da fita', pensar que as suas infâncias complicadas e todas as problemáticas que lhe foram impostas pela vida podem explicar os seus problemas psicológicos. Mas será isso capaz de justificar o injustificável?
Com esta obra, de um trabalho incrível, Capote dá início a um novo estilo, o romance não ficcional.
Classificação:
Olá,
ResponderEliminarGostei da tua opinião. Este é daqueles livros que me pedem coragem para os ler, sendo verídico, mas deve ser interessante ao levar-nos também a pensar no factor psicológico dos assassinos. Por coincidência, o vilão do livro que acabei de ler, O Retrato de Rose Madder, também me levou a isso: se por um lado os comportamentos dele me revoltaram, por outro fiquei a pensar que se a adolescência dele tivesse sido "normal", ele não seria daquela maneira...
beijinhos e boas leituras
Olá Su,
EliminarMuito obrigada. :)
Concordo completamente contigo. Demorei bastante a lê-lo porque é preciso estarmos mesmo predispostas àquela leitura. Se o mood não for o certo não vale a pena ler.
Continuo sem nunca ter lido Stephen King. Shame on me! Tenho de tratar disso.
Beijinhos e boas leituras!