Título: Astérix - O Papiro de César
Autor: Didier Conrad, Jean-Yves Ferri
Editora: Asa
Ano de edição: 2015
Páginas: 48
Sinopse:
Novo álbum das aventuras de Astérix (o nº 36), assinado pela nova dupla de autores que já foi responsável pelo álbum anterior (Astérix entre os Pictos).
Opinião:
Quem me segue no Goodreads sabe que nos últimos dois meses tenho feito uma maratona de leitura dos livros de Astérix, que culminou na leitura do mais recente álbum da era pós Goscinny e Uderzo - O Papiro de César. Ainda que um pouco reticente ao início, uma vez que no ano anterior tinha lido as As Aventuras de Tintin, difíceis de igualar (e das quais sou fã incondicional), a verdade é que fui entrando no espírito gaulês e diverti-me com estas leituras.
O Papiro de César procura uma sátira à modernidade, apesar de manter uma base histórica, como é tradição. Gira em torno do livro A Guerra das Gálias, em que Júlio Cesar conta a história das suas campanhas na Gália, mas sobretudo de um capítulo suprimido que revela o segredo que o imperador procura esconder: César não conquistou toda a Gália. Um conhecido boateiro gaulês, de seu nome Gerapolémix, vai fazer chegar esse capítulo aos irredutíveis gauleses da Armórica, para que estes possam repor toda a verdade.
É uma leitura divertida, que mantém a sua essência: os trocadilhos, os momentos provocatórios entre o peixeiro e o ferreiro (Ordenalfabetix e Automatix), as críticas pegadas da mulher do chefe da aldeia e como este procura contradizê-la mesmo sabendo que ela tem razão, as demonstrações de "talento" do bardo Cacofonix e, claro, a gula de Obélix por javalis. Mas a nova inspiração revela-se bem contemporânea: o controlo de informação.
Ainda que Didier e Conrad se mostrem fiéis a Goscinny e Uderzo, quer em espírito, quer em estilo do desenho (que, diga-se, é irrepreensível), sinto que, tal como no álbum anterior, continua a faltar qualquer coisa: faltam-lhe as tiradas únicas dos seus criadores. Apesar de tudo, é muito bom voltar a ler novas aventuras de Asterix, até porque a tira final deste álbum não nos poderia deixar mais nostálgicos, prestando um verdadeiro tributo aos inigualáveis Goscinny e Uderzo.
Venham mais aventuras!
O Papiro de César procura uma sátira à modernidade, apesar de manter uma base histórica, como é tradição. Gira em torno do livro A Guerra das Gálias, em que Júlio Cesar conta a história das suas campanhas na Gália, mas sobretudo de um capítulo suprimido que revela o segredo que o imperador procura esconder: César não conquistou toda a Gália. Um conhecido boateiro gaulês, de seu nome Gerapolémix, vai fazer chegar esse capítulo aos irredutíveis gauleses da Armórica, para que estes possam repor toda a verdade.
É uma leitura divertida, que mantém a sua essência: os trocadilhos, os momentos provocatórios entre o peixeiro e o ferreiro (Ordenalfabetix e Automatix), as críticas pegadas da mulher do chefe da aldeia e como este procura contradizê-la mesmo sabendo que ela tem razão, as demonstrações de "talento" do bardo Cacofonix e, claro, a gula de Obélix por javalis. Mas a nova inspiração revela-se bem contemporânea: o controlo de informação.
Ainda que Didier e Conrad se mostrem fiéis a Goscinny e Uderzo, quer em espírito, quer em estilo do desenho (que, diga-se, é irrepreensível), sinto que, tal como no álbum anterior, continua a faltar qualquer coisa: faltam-lhe as tiradas únicas dos seus criadores. Apesar de tudo, é muito bom voltar a ler novas aventuras de Asterix, até porque a tira final deste álbum não nos poderia deixar mais nostálgicos, prestando um verdadeiro tributo aos inigualáveis Goscinny e Uderzo.
Venham mais aventuras!
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